terça-feira, 27 de outubro de 2009

O dia antes do segundo


Ontem foi o dia primeiro de um novo papel a desempenhar. Sensações diferentes perante olhares desconfiados, olhares curiosos e olhares receosos de outros inquisitoriais observadores. Mas ainda assim olhares, o que nos tempos que correm não é de todo desprezível.
Esta semana vou descobrir outros olhares nas visitas que faremos aos serviços da Câmara. Parece que teremos a companhia vigilante dos que se sentem "donos do espaço", provavelmente numa tentativa de dissuadir possíveis cumplicidades. Uma espécie controlo pela expressão facial. Espero que os "donos do espaço" não mandem abater todos os que ousem sorrir. Abater a uma qualquer lista, obviamente, que os tempos não estão para outras violências.Já me basta ter um cão de fila a ladrar-me às canelas pelo menos uma vez por semana.

4 comentários:

  1. Os olhares que se julgam donos dos outros revelam medos.
    Acredito que assim é em qualquer lado. Nas ruas, no trabalho, e também nessas reuniões.
    Quando descobrimos isto, perdemos nós o medo e transformamo-lo em cumplicidade. Essa cumplicidade é livre.
    Afinal de contas, é já claro que os remetentes desses olhares nunca tiveram semelhança com os destinatários, sobretudo no que toca a medos... ou ausência deles!

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  2. Força, Eduardo!
    Os olhares receosos serão cada vez menos.
    O mais provável é que passem a ser esperançosos.
    Vamos com calma!
    Como se dizia na Guiné, em tempos de guerra: "deixa-os poisar!"
    Abraço.

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  3. Foi nesse tempo que Umberto Eco se situou quando escreveu "O Nome da Rosa". Hoje já não há gente dessa, afinal de contas passaram meia duzia de séculos... ou haverá?

    Lá, aqui, em qualquer lado, fica o meu sorriso, porque sim, porque me apetece!

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  4. muita sorte e deixa de lado os olhares; só perdem as pessoas ruines.

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